Mãe que mantinha criança de três anos escondida em gaveta é condenada a sete anos de prisão

Criança nascida em março de 2020 havia sido mantida em segredo e nunca havia sido registrada, até ser encontrada em 2023; criança estava gravemente subdesenvolvida, desnutrida e também tinha uma série de problema de saúde que nunca foram tratados

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Por Redação

Uma mulher de Cheshire, na Inglaterra, que manteve sua filha de três anos escondida em uma gaveta durante esses primeiros anos de vida da criança, sem deixá-la ver a luz do dia ou outro rosto humano, foi condenada a mais de sete anos de prisão. As informações são do jornal britânico The Guardian.

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Segundo o veículo, a menina foi encontrada gravemente desnutrida e incapaz de andar ou falar em fevereiro de 2023 por um parceiro de sua mãe, que subiu as escadas para usar o banheiro e ouviu um barulho que parecia um bebê. Ele descobriu a menina, que tinha fenda palatina, cabelos emaranhados e sofria de desidratação, e chamou a polícia.

De acordo com informações da polícia de Cheshire, após investigações, descobriu-se que a criança havia nascido em março de 2020, mas havia sido mantida em segredo e nunca havia sido registrada. A criança passou grande parte de sua vida escondida no quarto.

A mulher, que não pode ser identificada por razões legais, compareceu ao Tribunal da Coroa de Chester na última terça-feira, 26 de novembro, onde recebeu a sentença de sete anos e seis meses de prisão.

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Foto divulgada pela polícia de Cheshire sobre o caso.  Foto: Cheshire Police/Divulgação

“É aqui que você a mantém?””Sim, na gaveta”

A criança estava gravemente subdesenvolvida, desnutrida e também tinha uma série de problemas de saúde que nunca foram tratados. Ela não conseguia engatinhar, andar, falar ou fazer qualquer ruído comunicativo; tinha pouca massa muscular, membros flácidos e pés inchados em uma posição anormal, diz o The Guardian.

O jornal afirma que o bebê era mantido na gaveta da cama e, com o passar do tempo, a mãe passou a deixá-la lá sozinha por horas a fio, incluindo em datas como a noite de Natal, enquanto ela saía com seus outros filhos.

O veículo destacou a declaração lida ao tribunal pela assistente social que chegou primeiro ao local onde a criança foi encontrada na gaveta. “Olhei para a mãe dela e perguntei: ‘é aqui que você a mantém?’ A mãe respondeu com naturalidade: ‘sim, na gaveta.’ Fiquei chocada que a mãe não demonstrou nenhuma emoção e pareceu indiferente sobre a situação”. A assistente social também disse que a mãe informou que ninguém mais havia visto a criança.

Um cuidador envolvido hoje nos cuidados da criança disse ao tribunal que a menina precisou ser ensinada a sorrir e “não sabia o que era comida”, além de ter tido muitas “primeiras vezes”: primeiro passo, primeira fala, primeiro Natal, entre outros.

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